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Alimento se torna empreendimento lucrativo para santa-cruzenses

Publicada dia 15/11/2018 às 10:02:56

Thaís Balielo

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A venda de alimentos pode ser um complemento de renda ou a principal fonte de renda para alguns santa-cruzenses que gostam de empreender. Daniela Contiero e Flávia Manfrin são exemplos de mulheres empreendedoras que tem o alimento como empreendedorismo e como segunda fonte de renda.

Daniela Contiero trabalhava como instrutora de trânsito e na Prefeitura Municipal em 2013 quando começou a vender antepastos e criou a marca Benfeitim. Flávia Manfrim já era empreendedora com seu Jornal 360 quando resolveu abrir também o restaurante Giro 360 e hoje com o jornal e o serviço de entrega de pratos especiais para eventos.

Daniela conta que abriu sua empresa MEI (Microempreendedor Individual) em 2013 quando sua renda caiu e sentiu a necessidade de um complemento. “Fiz um antepasto de berinjela em casa. Minha família gostou muito e me incentivou a fazer para vender. Iniciei vendendo para os alunos da autoescola e a propaganda boca a boca fez o negócio crescer, então resolvi abrir a MEI”, relata.

Inicialmente Daniela oferecia antepasto de berinjela, de abobrinha e pasta de alho, depois iniciou os temperos caseiros. Atualmente vende os temperos nos mercados da cidade e os antepastos sob encomenda. A MEI envolve toda a família, o marido e os filhos ajudam na fabricação, embalagem e distribuição dos produtos. Hoje, Daniela trabalha como instrutora e na MEI, o emprego na prefeitura ela optou por sair, pois a renda com seu produto estava sendo mais satisfatória.

Flávia Manfrin afirmou ser uma realizadora, não uma empreendedora. “Não sou uma pessoa comercial. Saio para vender um anúncio e volto com uma reportagem - que naturalmente não é paga. Então acabo buscando outras fontes de renda. A culinária surgiu por acaso”, conta. Flávia abriu o Giro 360 com o objetivo de unir um espaço cultural a culinária.

Ela afirma que a aceitação dos clientes foi muito boa, mas que preferiu fechar o espaço por motivos alheios a sua vontade. Então resolveu adaptar a cozinha de sua casa e agora faz os pratos sob encomenda para eventos particulares. “Eu me vejo muito inquieta e criativa. E destemida também. Para mim, difícil e complicado não são palavras que desanimam. Talvez o contrário”, afirma.

Flávia iniciou o projeto do Giro 360 com sua mãe e agora elas cozinham juntas as encomendas. “Ela me ajuda muito. E é uma delícia estar fazendo as coisas com ela. É uma afinidade que temos: disposição para cozinhar a qualquer hora. E capricho. Por isso achamos que tudo fica gostoso”, acredita.

Flávia pondera ainda que, do ponto de vista financeiro, é melhor focar numa só atividade. “Se sobra tempo, amplie  o que você já faz. Mas então por que continua cozinhando? Eu respondo: porque é gostoso. Cozinhar é uma alquimia, você pode inventar, você pode se ajustar ao que você tem disponível, é um desafio delicioso. Talvez por isso muita gente goste. Além disso, adoro servir as pessoas. Seja com informação, seja com uma boa refeição. E como nunca deixarei de ser jornalista, acabo conciliando as duas coisas”, conclui.