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Santa-cruzense coleciona imagens sacras

Publicada dia 08/11/2019 às 10:49:30

Thaís Balielo

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Professor de língua portuguesa e escritor, Luiz Carlos Cichini, 33, cultiva a paixão por imagens sacras. O interesse por imagens começou quando ganhou um anjinho de gesso de sua avó, e foi crescendo conforme conseguia mais uma imagem. Em 1997 resolveu colecionar as peças religiosas e hoje tem um cômodo de sua casa apenas para acomodar as quase 290 imagens.

O colecionador lembra que comprou sua primeira imagem de São Sebastião quando fazia catequese na Igreja Matriz, mas antes disso havia recebido o anjinho da avó e também encontrou uma capelinha de Nossa Senhora Aparecida na antiga casa do bisavô, na Água da Divisa. “Peguei, restaurei e tenho até hoje aqui comigo”, conta.

Após comprar a imagem de São Sebastião ganhou uma de São Francisco, depois ia comprando as imagens que interessavam quando via e acabou tomando gosto. “Quando comecei a ir para Aparecida (SP) foi despertando ainda mais o gosto, por que lá tem de tudo. Cada vez que eu ia trazia imagens. Cheguei a trazer 25 de uma vez”, relata.

Depois de ter mais de 100 imagens diversas, Luiz passou a se interessar por colecionar imagens de Nossa Senhora. “Temos mais de mil títulos de Nossa Senhora, dependendo do lugar em que ela apareceu, da forma como é cultuada. Já tenho mais de 80 tipos de imagens de Nossa Senhora de títulos diferentes e quero mais”, revela.

Para acomodar suas 289 imagens, Luiz tem um cômodo da casa onde fez armários especiais com vidro para que elas fiquem expostas. “Fiz um armário bem alto, mas logo acabou o espaço e mandei fazer outro para colocar apenas a imagens de Nossa Senhora. Há um ano mandei fazer mais dois armários pequenos de parede para redistribuir essas imagens e uma prateleira para colocar as imagens maiores”, conta.

São imagens de tamanhos variados, entre 5 e 60 centímetros. A grande maioria de gesso, mas algumas peças de resina, além de algumas de madeira como um crucifixo talhado a mão trazido da África do Sul por seu irmão. Além dos armários, ainda há imagens espalhadas por outros locais da casa.

Luiz conta que possui algumas relíquias como o pedaço do hábito de Santa Paulina e do papa João Paulo II. “Uma imagem que estou à procura e ainda não consegui, é da Nossa Senhora da Boa Morte”, afirma. O colecionador ressalta que o gosto pelas imagens sacras se dá pela beleza das peças, muitas esculpidas ou talhadas à mão. “A coleção não tem a ver com adoração, mas sim admiração pela arte e pela história das figuras religiosas por traz delas”, diz.