Jornal Atual
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Incêndio no Museu Nacional traz à tona segurança dos imóveis

Publicada dia 12/09/2018 às 12:49:59

Claudio Antoniolli

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O incêndio que destruiu o Museu Nacional do Rio de Janeiro na noite de domingo, 2, causou comoção nacional, e levantou dois questionamentos entre a população: qual o fluxo de visitas nestes espaços e qual o nível de segurança nestes locais.

Em nossa região existem três museus em atividade, nos municípios de Santa Cruz do Rio Pardo, Ourinhos e Piraju. Chavantes também possuía o seu, mas há pelo menos seis anos está fechado por problemas estruturais em seu prédio, e aguarda verbas para reformas, porém a última administração de Chavantes e a atual não se mostram preocupadas com o assunto.

Em um levantamento realizado pelo Atual ficou constatado que a maior parte das visitas são de excursões escolares. Além disso, com exceção do prédio de Santa Cruz que irá passar por reformas, Ourinhos e Piraju alegam que estão regularizados e possuem o Auto de Vistorias do Corpo de Bombeiros (AVCB), documento obrigatório em locais públicos ou privados, coincidência ou não, ambos passaram por avaliações nos últimos dois meses.

“Estamos com tudo certo, inclusive faz dois meses que trocamos todos os extintores, e temos os laudos”, disse André Rodrigues da Silva, gerente de Patrimônio e Memória de Ourinhos.

Já em Piraju a situação é idêntica, segundo a Secretária de Cultura, Luciana Hailer, a documentação do museu foi adequada meses atrás. Em Ourinhos o museu funciona das 08h às 18h, já em Piraju, das 08h às 14h. “Estamos com falta de funcionários, por isso fechamos cedo, tomara que essa comoção ajude a nos trazer verbas, pois é muito difícil manter o museu”, finalizou Hailer.

Santa Cruz do Rio Pardo

O Secretário de Cultura de Santa Cruz, Frednes Botelho, acompanhou o Atual até o prédio do museu da cidade, e revelou que já foram abertas licitações para reformas no prédio. “Nossa preocupação é com chuva, como o prédio é muito antigo o telhado está danificado, e quando chove molha a maior parte das paredes”, comentou Botelho.

Em relação aos laudos, Botelho explicou. “Estamos passando por uma atualização de nossos laudos, foi assim no Palácio da Cultura e na Biblioteca, já o museu vamos esperar as reformas, e depois realizar a atualização, mas até devido à entrada de água pelo telhado, constantemente fazemos a revisão de energia elétrica”, contou.

Sobre visitação o secretário revelou que a maior procura realmente é das escolas. O museu conta a história da cidade, com peças centenárias, e com um acervo de mais de sete mil itens, só de discos antigos são mais de cinco mil. O museu funciona das 08h ás 16h30.