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Grupo Impressão volta ao Barrica para ‘Pré Reveillon’ neste domingo

Publicada dia 28/12/2018 às 11:44:02

Arquivo Pessoal

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Relembrar os tempos áureos em que os grandes grupos de pagode lideravam as paradas de sucesso das rádios e animavam festas e baladas da chamada ‘geração anos 90’ e fechar o ano em grande estilo.

É com esse propósito que o Grupo Impressão se reúne no próximo domingo, 30, em um palco bastante conhecido da banda, a antiga Cervejaria Barrica em Santa Cruz do Rio Pardo-SP.

“Mesmo fora do circuito há tanto tempo, constantemente as pessoas nos procuram com uma lembrança boa daquela época, é por isso que pensamos em promover mais uma vez um evento como esse”, conta Junynho, vocal e percussionista do grupo.

Para o evento deste domingo, além do Impressão, o público poderá acompanhar o show de um outro velho conhecido da época de ouro do pagode, o músico bauruense, Cristiano Castilho, integrante do Grupo Sereno, banda que emplacou vários sucessos e se apresentou nos maiores programas de TV da época, como Domingão do Faustão, Hebe Camargo, Programa do Gugu, Raul Gil entre outros.

Em projeto solo, Cristiano Castilho faz um mix de sucessos do sertanejo, pop, rock e samba em suas apresentações e trará para Santa Cruz um outro amigo e também integrante do Grupo Sereno, o percussionista João Gano que o acompanha.

“É uma honra pra mim poder estar presente com o pessoal do Impressão que conheço há tanto tempo. Santa Cruz sempre recebeu muito bem o Sereno e agora poderá conhecer também um pouco do meu projeto solo”, afirmou Cristiano Castilho.

“É uma maneira de agradar o público atual e agregar ao evento, estamos em uma região onde o sertanejo é muito forte, então trouxemos o Cristiano que além de um excelente músico é um grande amigo que está se destacando na região de Bauru” explicou Hélio Majoni, o ‘repique de mão’ do Impressão.

O repertorio do Impressão para o evento deverá contar com sucessos de grupos como: Só Pra Contrariar, Raça Negra, Exaltasamba, Molejo, Negritude Junior e outros artistas que vendiam milhões de discos em uma época que não existia o auxílio e as facilidades da internet.

“Hoje em dia a coisa é um pouco mais fácil, pois, qualquer um pode de sua casa fazer um vídeo com uma composição ou até mesmo gravar e produzir um CD de dentro de seu quarto. Na nossa época, esse trabalho era bem mais difícil, até pelo preconceito que o pagode enfrentava, o Impressão teve que ‘abrir as picadas’ do pagode na região, relembra Mario Augusto, o Marinho.

De maneira oficial o Grupo Impressão esteve na ativa até 2010, porém a formação original, presente no primeiro CD da banda e que fez os santa-cruzenses ficarem conhecidos durou de 2004 a 2007, período em que gravaram as músicas: “Mais que Ficar” e “Parei”, hits que lideraram as paradas nas rádios e levaram o grupo para outros estados, todas compostas pelo vocalista André Rubio.

“Graças à ‘Mais que ficar’ ficamos conhecidos por exemplo, no Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, em uma época em que praticamente a internet não existia”, relembrou André.

Além das atrações musicais, o evento no Barrica contará com a presença do food truck ‘Viol Lanches’ que será o responsável pela alimentação para o público presente.

Os convites antecipados para o evento estão a venda por R$15 e podem ser encontrados nos pontos de venda: loja H. Majoni, Bar do Saci, e Instamodakado.

Serviço:

Pré Reveillon do Grupo Impressão

Local: Antiga Cervejaria Barrica – Santa Cruz do Rio Pardo/SP

Data: 30 de Dezembro

Hora: 21h

Pontos de venda: Loja H.Majoni, Bar do Saci, Instamodakado

Grupo Impressão

Em 2004, cinco garotos que se cruzavam nos corredores da Escola Leônidas do Amaral Vieira, e que queriam de alguma forma serem reconhecidos por um talento que acreditavam ter, resolveram se organizar e montar uma banda de pagode.

Fãs do ritmo que dominou as rádios do país no final da década de 90 e início de 2000, os cinco santa-cruzenses não demoram muito para conseguir alcançar o objetivo inicial.

Mesmo com instrumentos de qualidade questionável, Paulinho, Junynho, Marinho, Helião e André, passaram a ser presença constante em festas particulares, onde aos poucos iam conquistando mais admiradores e incentivadores.

Distante das grandes capitais, em um curto espaço de tempo, o Impressão se tornaria referência na região, atraindo a atenção de Casas que até aquele momento relutavam em dar espaço ao pagode.

Com grande aceitação e um público cada vez mais fiel, o Grupo partiu para ‘se profissionalizar’ com a gravação de um CD com músicas próprias. Em 2005 a banda entrou em estúdio para produção do álbum intitulado "Um Beijo". Disco com 12 faixas que ajudaria a levar ainda mais longe o nome da banda santa-cruzense. Gravado em Bauru e finalizado nos Estúdios Mosh, em São Paulo, o trabalho chamou a atenção pela qualidade.

Graças à música “Mais que Ficar”, que permaneceu entre as mais tocadas nas rádios da região, surgiram convites para o Impressão se apresentar em outros estados como Paraná e Mato Grosso do Sul, e abrir shows de artistas que comandavam as paradas como Jeito Moleque, Pixote, Araketu, e até de artistas de outros segmentos como os sertanejos João Bosco & Vinícius.

Com o nome consolidado, em 2009 a banda voltou ao estúdio para um novo trabalho, a produção do EP, "Dor de Cabeça". Projeto que contou com a participação de grandes músicos do cenário do samba e pagode do país, como Michel Fujiwara, Eder Miguel, Ed White, Michel Dias, entre outros.

Além da faixa que batizava o álbum, o EP também contou com a faixa “Estar com você” que trazia Junynho como uma das vozes do grupo ao lado de André. O EP também contou com a faixa “Tudo que Puder”, um swing que mesclava guitarras e metais com a percussão, mistura que se tornaria marca registrada da banda.

Com inúmeras apresentações no país, o Impressão permaneceu em atividade até 2010, quando encerrou suas atividades. Porém, mesmo sem se apresentar, até hoje o grupo é lembrado como a principal banda do segmento na região.

Os meninos que ‘só queriam aparecer’ conquistaram admiradores e acabaram abrindo portas para diversas bandas do mesmo gênero que viriam na sequencia e ainda estão em atividade. Por isso, passados 4 anos, todos os integrantes acreditam que a missão foi cumprida: “Quem viveu sabe”.