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Esquenta para o Carnaval já começou em Santa Cruz

Publicada dia 15/02/2020 às 13:26:00

Diego Singolani

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A maior festa popular do país já começou em Santa Cruz do Rio Pardo. A programação oficial do município contará com um pré-carnaval neste final de final de semana, além de atrações nos dias 22, 23 e 24 de fevereiro. Os tradicionais blocos Acadêmicos da Estação, Acolgelc e Unidos do Samba da Divinéia comandam a festa, que também terá como destaque shows de pagode com os grupos Samprazer – hoje, às 22h – e Katinguelê – no dia 22, às 22h. Todas as apresentações são gratuitas ao público e irão se concentrar na Praça Deputado Leônidas Camarinha.

A largada para o carnaval em Santa Cruz foi dada ontem, 14, com o Grito de Carnaval promovido pelo Centro Cultural Special Dog. Como nas edições anteriores, o evento valorizou o resgate de sambas antigos e das célebres marchinhas, revivendo o clima dos carnavais de salão. Alunos e professores da instituição fizeram a animação da festa, aberta ao público. Hoje, 15, a partir das 20h, na Praça Leônidas Camarinha, se apresentam os grupos Compromisso Zero, Coletivo Samba Show e Samprazer. Natural de Taboão da Serra-SP, município da zona sul da grande São Paulo, a formação original do Samprazer surgiu nos anos 1990, quando o pagode dominava as paradas de sucesso. O conjunto emplacou hits como Chora, Paixão Verdadeira e Saudades do Amor. Amanhã, 16, será a vez dos blocos da cidade ocuparem a praça para o Grito de Carnaval oficial.  A partir das 20h, se apresentam a Unidos do Samba da Divinéia, Acadêmicos da Estação e o Acolgec, fechando a noite.

A folia continua no próximo final de semana. No sábado, 22, se apresentam o bloco Acogelc, o grupo Mazuquê e o icônico Katinguelê, que, mesmo com uma formação renovada, traz em seu repertório sucessos como Inaraí e Lua Vai.  No domingo, 23, haverá matinê a partir das 17h, seguida das apresentações da Acadêmicos da Estação e Mazuquê. Na segunda-feira, 24, Unidos do Samba da Divinéia e Mazuquê encerram os festejos.

De acordo com o Secretário de Cultura, Frednes Botelho, a proposta de levar a celebração do carnaval para a praça é uma forma de democratizar a festa. “É inegável que as cidades interioranas ficaram conhecidas, pelo menos pelos mais saudosistas, por suas noites de folia dentro de tradicionais clubes. Contudo, é na praça e nas ruas que a cercam que podemos presenciar a manifestação da forma mais democrática possível”, afirmou. “O carnaval transcende o caráter cultural, fortalecendo aspectos de cunho social, econômico e turístico”, salientou. O secretário ainda disse que um diferencial do evento que tem atraído visitantes para Santa Cruz é a mescla da euforia típica da festa com a sensação de segurança e a participação marcante das famílias. 

Cultura e homenagens

O bloco Acadêmicos da Estação deve desfilar com cerca de 100 integrantes. O samba enredo deste ano, intitulado “Da história ao patrimônio, canta Santa Cruz",  aborda os 150 anos de emancipação política do município. A escola terá um carro alegórico e também fará homenagem ao decano advogado e radialista José Eduardo Piedade Catalano.

A Unidos do Samba da Divinéia, mais uma vez, engajou toda a comunidade na produção do desfile. A parceria com a equipe do Centro de Referência e Assistência - Cras Betinha se consolidou e todas as fantasias são produzidas pelas integrantes do ateliê de costura. O bloco vai ousar em 2020 e pretende levar em seu desfile um encontro de ritmos e gerações. O samba de dona Alzira de Oliveira, uma das moradoras mais tradicionais do bairro, fará par com o rap do jovem Nelson Marcelino, o Big N.

O bloco Acogelc espera levar pelo menos 150 participantes à praça. Este ano, ele fará um cortejo em homenagem ao Olodum, tocando os ritmos que consagraram o grupo baiano, que são o afoxé e o samba reggae. Assim como o Olodum, a Acolgec também é uma ONG que desenvolve projetos sociais para jovens valorizando a cultura afro-brasileira.