Jornal Atual
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Brasileira que se converteu ao Islamismo conta sobre a religião

Publicada dia 24/01/2020 às 12:56:11

Marcos Pellegatti

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Paulistana e filha de pernambucanos, Linda da Silva Zoghbi se converteu ao islamismo quando morava na Espanha. Ela conta que existe ainda certo preconceito pelo fato das pessoas não conhecerem muito a religião e possuírem uma visão transmitida apenas pela mídia.

Linda contou que aprendeu espanhol em uma Mesquita e após as aulas de espanhol e valenciano eles perguntavam se ela gostaria de aprender religião junto com árabe. “Eu achei que eu tinha que aprender até por uma gratificação”, relata.

Ela conta que a religião geralmente é mal vista e o preconceito existe por conta dos grupos radicais que usam o nome da religião para fazer terrorismo, como por exemplo, o Estado Islâmico. “A mídia passa uma coisa, mas na verdade se a gente for seguir o que a religião fala, é paz pura. Há uma parte no alcorão que fala ‘que aquele que matar um único inocente, será condenado como se tivesse matado toda uma nação’, Deus não tá mandando matar ninguém”, desabafa Linda.

A cultura de um país também influência nos estereótipos da religião, como por exemplo, a burca usada pelas mulheres no Afeganistão. “A burca, por exemplo, ela não é islâmica, não foi a religião, aquilo lá é cultura”, conta.

Linda contou também que o Alcorão nada mais é que o antigo testamento e os profetas são os mesmos. “O alcorão não tem tradução, você tem que aprender a oração em árabe, o correto é quando você se converte é aprender a oração e árabe, além disso, as pessoas pensam que a gente não acredita em Jesus Cristo, mas acreditamos desde o primeiro profeta que é Adão, até o último profeta e Jesus Cristo está incluído, se a gente não acreditar em Jesus Cristo não podemos nos considerar Muçulmanos”, relatou.

“Ao contrário das outras religiões no Islamismo, você não precisa ir a uma Mesquita, porque é você com Deus, então se você erra não tem um remediador pra você, eu já conheço o que é certo ou errado, então e já pequei”, explica.

“Hoje se você quiser ser mulçumano, você pode entrar na internet e conhecer o Islã, não precisa ninguém vir na sua família decapitar seu pai, sua mãe e te obrigar você a fazer isso, muita coisa que acontece de ruim falam que é por causa de Alá, mas Alá não quer nada disso”, conclui Linda.