Alunos e professora arrecadam figurinhas da Copa para instituição de rede do câncer

Arquivo Pessoal

Trocas de figurinhas do álbum da Copa têm sido uma das atividades preferidas entre crianças e adultos, durante, pelo menos, nesses últimos dois meses. E vários locais foram palcos dessas trocas, desde praças, bancas de revistas, e até mesmo as escolas. E, foi neste último local que a professora Fátima Menegazzo, viu alguns de seus alunos trocando figurinhas e os surpreendeu com um pedido de doação em contribuição às crianças internadas em uma rede do câncer. A professora conta que esperava o apoio de seus alunos, porém, não imaginava a repercussão que este pedido teria. “Na manhã seguinte do dia que fiz o pedido a eles, entrei em uma das salas em que dou aula, e uma das alunas veio até mim com 260 figurinhas e um cartão escrito por ela, dizendo que era uma doação dela e de seus irmãos. Depois dela, no mesmo dia, mais alguns doaram. Isso me deixou até preocupada, pois eu dizia que era para eles consultarem os pais antes”, conta.

Por essa preocupação, a professora decidiu comunicar a diretora do colégio sobre o que havia acontecido, e, também para fazer um pedido oficial aos demais alunos e pais que quisessem contribuir. “Acredito que recebi uma média de mil figurinhas, e também uma quantia de dinheiro para comprar, pois alguns alegaram que não seria legal só dar as figurinhas já abertas, pois para eles é emocionante abrir os pacotinhos fechados também. Além disso, também escreveram cartas com textos lindos e recados motivacionais. Isto me comoveu muito, reuni todos e dei um abraço coletivo”, se emociona.

Para Fátima, são importantes ações como esta em uma instituição educativa, para valorizar o significado da solidariedade na educação de crianças e jovens. “Durante algumas visitas ao Hospital o Câncer, vi as situações dos pacientes, o que me fez refletir sobre a necessidade de mais cuidado e amor ao próximo. É uma experiência de humanização”, declara.

Por isso, em sua função como professora, se sente realizada com as arrecadações, ao ver estes gestos vindos de seus alunos. “Com tantos acontecimentos tristes no mundo, se deparar com crianças de 11 anos com essa bondade, se torna uma esperança para a gente. Principalmente, por se tratar de algo que eles estão fascinados e, mesmo assim abriram mão”, conclui.